Ato 1
Já não havia mais saída. Estava acorrentada à cama e pelo prazer que havia a contaminado antes de tudo. O que restava era a lenta, prazerosa e dolorosa morte, mas ainda acima de tudo, pela carne, pela tara que já era absoluta em sua mente, infectando sua sanidade. Ela queria muito mais do que estar ali, queria ser o momento que traria seu êxtase total, absolutamente em tudo. Sentia que faltava pouco para ele chegar e acabar com tudo, mas somente pelo prazer e única saída.
Ato 2
Ele chegara. Com sua súplica atendida trouxe mais correntes, mas também uma faca de cozinha que achara pelo chão por mero acaso, e que serviria à ocasião. Os dois estavam prontos, nada os impediria de cometer tal ato tão esperado, cheio de prazer , e por incrível que pareça, total sanidade física, não atendendo a mental. Chega a hora.
Ato 3
Haviam correntes na cama. Principalmente a faca, pois sem a qual, nada aconteceria. Estava quase morta, com pulso indesejável, mas sua vontade atingida pelo suicídio cometido com sucesso. Não havia mais nada no quarto além dela, os objetos, e sua imaginação que trouxera à moça a conclusão de que seria um prazer perfeito, com uma fantasia que aos seus olhos fechados pareciam reais. O sangue não pertencera mais a ela. Nem ela ao mundo, ipso facto por um pequeno momento em sua existência ficara feliz.
4 comentários:
Nem que seja no último momento, ela sempre chega. Pelo menos morreu feliz. Não reclamaria de um fim desses.
BEM DIFERENTE DOS OUTROS POSTS.
E UMA BELA MORTE PRA FINALIZAR!
Bjo"
Adorei o post!
bjao ;*
Poxa, Erick, vi teu blog no tópico de análises no Orkut e me surpreendi com o que li.
Belos textos, palavras bem escolhidas e bastante conteúdo nas entrelinhas. Dá pra notar um cara culto e sensível (sensível no bom sentido) por trás das linhas.
Continue em frente!
Abraço
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